Em um ano, serviço de telepsicologia da PM de SP realizou quase 24 mil atendimentos
O projeto de telepsicologia na Polícia Militar do Estado de São Paulo, que teve início em outubro de 2023, já realizou quase 24 mil atendimentos em pouco mais de um ano de funcionamento. O programa, que oferece suporte e atendimento para os agentes que atuam na linha de frente na segurança pública, tem mais flexibilidade de horários e liberdade geográfica para oferecer suporte aos militares de todo o estado.
A ideia para o serviço surgiu na pandemia, quando os atendimentos no Centro de Atenção Psicossocial da Polícia Militar (Caps) ficaram limitados devido ao risco de propagação da Covid-19. As equipes perceberam que esse trabalho poderia alcançar todos os policiais do estado, sem a necessidade de deslocamento ou filas de espera para o atendimento.
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Posteriormente, foi realizada uma licitação para a contratação da empresa que ficaria responsável pela telepsicologia. Quando tudo, por fim, ficou definido, o Caps realizou diversas campanhas, com a ajuda do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, para divulgar o trabalho com instruções de como acessar a plataforma digital.
“Quando a empresa venceu a licitação, tivemos o cuidado de selecionar quem seriam os psicólogos que atenderiam os policiais, então temos todo um rol de documentação e registros. Além disso, nós instruímos os oficiais com passo a passo de como entrar no sistema, se cadastrar e fazer o atendimento”, explicou o capitão Diego Rezziti Moleiro, gestor do serviço de telepsicologia.
Para participar, o policial precisa entrar no site, com o domínio próprio da Polícia Militar, e inserir os dados cadastrais. Depois, ele deve clicar em “agendar consulta” e, logo, vai abrir uma nova página com todos os psicólogos aptos a atender tanto os oficiais na ativa, quanto aqueles que já se aposentaram. Com um currículo detalhado de cada profissional e suas especialidades, o policial só precisará escolher quem irá atendê-lo.
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Os atendimentos, feitos por videochamada, podem ser agendados em qualquer horário, inclusive de madrugada. “A polícia trabalha 24 horas entre plantões, então precisávamos de um serviço que nos proporcionasse esse tipo de facilidade”, mencionou Rezziti.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, também tem incentivado os policiais a passarem por tratamento psicológico. Durante a reinauguração do Centro de Apoio Psicológico e Social, na zona norte de São Paulo, em outubro, ele reiterou que os psicólogos “protegem quem protege a população”. “Sou testemunha do trabalho profissional que vocês fazem aqui. Todos nós temos problemas pessoais, mas a gente só quer que o policial esteja bem”, disse.
Combate a estereótipos e melhora nos serviços
Cuidar da saúde mental é fundamental para os profissionais que atuam na segurança pública. “Temos que lembrar que por trás da farda existe uma pessoa, com família, contas para pagar, preocupações, às vezes, traumas, e hoje temos esse leque de opções de atendimentos psicológicos viáveis, de maneira simples e sem custo, só precisam aceitar. Esse tipo de acompanhamento, a conversa com um especialista, pode mudar a vida daquela pessoa”, ressaltou o capitão.
Para o policial, cuidar da mente gera melhorias, não só no trabalho, mas nas relações pessoais, uma vez que os psicólogos têm auxiliado os oficiais a lidarem com os seus problemas diminuindo estresse e ansiedade, além de proporcionar confiança e autoconhecimento.
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