Polícia ouvirá vítimas para ajudar na identificação de envolvidos em ataque a assentamento

A Polícia Civil segue com o trabalho de investigação para identificar todos os envolvidos no ataque a um assentamento em Tremembé, no interior de São Paulo. O crime ocorrido na noite de sexta-feira (10) deixou dois mortos e seis feridos. Os investigadores agora ouvirão depoimentos de testemunhas e vítimas que possam ajudar na elucidação do crime.

De acordo com o delegado Vinícius Vieira Garcia, da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Taubaté, responsável pela investigação, o próximo passo dos investigadores será ouvir depoimentos de testemunhas e vítimas que possam ajudar com informações que levem a identificar os demais suspeitos da ação criminosa.

“A coleta de imagens e a coleta de campo estão bastante avançadas. Os policiais estão empenhados para localizar os demais participantes nessa empreitada criminosa”, disse Garcia, em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (13) na sede da delegacia de Taubaté. Também participou o delegado Marcos Rogério Machado, comunicador da seccional do município.

A rápida atuação da Polícia Civil ajudou a prender no dia seguinte ao crime o mentor do ataque, conhecido como “Nero do Piseiro”, de 41 anos. Ele foi localizado em um terreno na cidade de Taubaté. O suspeito já tem duas passagens pela polícia, sendo uma delas por porte ilegal de arma de fogo.

Ele foi reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos e que depois começaram a atirar. Um dos veículos foi localizado e apreendido.

Após a prisão, a polícia conseguiu identificar um segundo suspeito de ter participado do ataque. O homem de 25 anos também teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça e os agentes trabalham para localizá-lo.

Foi instaurado um inquérito policial para ajudar na localização e responsabilização dos demais envolvidos ao ataque. Os investigadores também aguardam os resultados de laudos periciais, exames de IML e balísticos.

A perícia foi realizada no local e o Instituto de Criminalística apreendeu diversas armas brancas, como facas e foices, e muitas cápsulas deflagradas. A principal hipótese do ataque é que tenha sido motivado por um desentendimento entre moradores por uma disputa de lotes do terreno, onde a comercialização não é permitida.

As diligências também contaram com o apoio da Polícia Militar, que prendeu um homem dentro de um veículo nas proximidades do local por porte ilegal de arma de fogo. Porém, no momento não é possível saber se o suspeito tem relação com o ataque.

Delegados realizaram coletiva de imprensa. Foto: Divulgação

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